Renda da população mais pobre sobe 12,6% em 2023 e bate recorde da série histórica, aponta IBGE

Renda da população mais pobre sobe 12,6% em 2023 e bate recorde da série histórica, aponta IBGE

A Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2023, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que os programas sociais do governo fizeram diferença para a camada mais pobre da população. O rendimento médio mensal real per capita dos 40% da população com menores rendimentos cresceu 12,6% em relação ao ano anterior, alcançando o maior valor da série histórica.

No entanto, mesmo com esse aumento, o rendimento dessa parcela da população ainda é baixo. Em média, o rendimento diário foi de R$ 17,50 no ano passado, comparado a R$ 15,60 em 2022. A região Sul apresentou o maior rendimento diário, com R$ 26, enquanto a região Nordeste registrou o menor, com R$ 11,40. O aumento de renda foi impulsionado pelo valor maior do programa Bolsa Família ao longo do ano, pela melhoria no mercado de trabalho e pelo aumento real do salário mínimo.

Considerando todos os valores pagos aos trabalhadores por todas as fontes, incluindo trabalho e outros rendimentos, a renda média mensal no Brasil foi de R$ 2.846, um aumento de 7,5% em relação a 2022 e de 0,4% em comparação a 2019, aproximando-se do valor máximo registrado em 2014, de R$ 2.850.

Ao considerar apenas a remuneração por trabalho, sem outras fontes de renda, o rendimento médio em 2023 foi de R$ 2.979, um aumento de 7,2% em relação a 2022 e de 1,8% em relação a 2019.

No que diz respeito apenas ao pagamento de outras fontes de renda, o valor médio do rendimento mensal do brasileiro aumentou 6,1% em 2023 em comparação a 2022, chegando a R$ 1.837, mas diminuiu 2,9% em relação ao período pré-pandemia, quando era de R$ 1.892.

Entre as diferentes fontes de pagamento, incluindo aposentadoria e pensão, aluguel, pensão alimentícia e programas sociais do governo, o componente de outros rendimentos apresentou um crescimento de 11,4% em relação a 2022, atingindo R$ 947, e um aumento de 26,8% em comparação a 2019. Esse componente alcançou o maior valor da série histórica em 2023, impulsionado principalmente pelo aumento médio do Bolsa Família no ano passado.

Quando analisadas as regiões do Brasil, o Nordeste registrou o menor valor médio mensal de renda em 2023, com R$ 1.885, enquanto o Centro-Oeste liderou com R$ 3.335. Entre 2022 e 2023, todas as grandes regiões do país registraram aumento de rendimentos, sendo a região Norte a que apresentou o maior crescimento, com 9,9%.

É importante ressaltar que, em comparação a 2019, somente as regiões Norte e Centro-Oeste conseguiram recuperar o rendimento médio das fontes, enquanto as demais regiões ainda não haviam alcançado os níveis pré-pandemia.

Redação: radiocuiabanafm.com.br

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