Contratos foram feitos na pandemia com dispensa de licitação
A Operação da Polícia Federal mirou parentes da primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), e revelou que os contratos das empresas acusadas de fraude e peculato foram firmados durante a pandemia da Covid-19, em 2021, com dispensa de licitação. O esquema investigado, de locação de ambulâncias e vans no valor de R$ 3 milhões, é objeto da Operação Miasma, deflagrada na terça-feira (28).
Conforme publicado no site midianews.com, foram realizadas buscas e apreensões contra o irmão de Márcia, Antonio Rezende Kuhn; a esposa dele, Claudeny Martins Rezende Kuhn; o filho do casal, Ernani Rezende Kuhn; e sua esposa Camila Nunes Guimarães Kuhn.
As investigações apontaram que a Secretaria de Saúde de Cuiabá demorou seis meses para analisar uma solicitação emergencial de contratação de veículos, mas em apenas um mês concluiu a dispensa de licitação para a contratação de quatro vans, cujo vencedor foi a empresa SMT Transportes e Veículos Especiais Ltda. Essa empresa, ligada aos familiares da primeira-dama, faturou R$ 3 milhões da Prefeitura, apesar de ter apenas um Fusca de 1986 e uma Kombi de 2013 em sua frota.
Além das vans, a empresa foi contratada para a locação de ambulâncias durante a campanha de vacinação contra a Covid-19.
Essa informação consta na decisão do juiz federal Diogo Negrisoli Oliveira, da 7ª Vara Criminal de Mato Grosso, que autorizou a deflagração da operação.
A investigação apontou ainda outras suspeitas de desvios de recursos durante a pandemia, como o esquema de superfaturamento nas licitações para aquisição de medicamentos, detectado nas Operações Overpriced I e II, e o desvio de recursos da Saúde por meio de prestação de serviços em leitos de enfermaria e UTI para Covid, descoberto nas Operações Curare I e II.
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