Polícia prende gerente de banco que facilitou golpe de R$ 22 milhões no jogador

Polícia prende gerente de banco que facilitou golpe de R$ 22 milhões no jogador

O gerente do banco, preso preventivamente nesta segunda-feira, foi demitido em dezembro de 2022. Já o funcionário do cartório não foi atuado neste primeiro momento. Como o inquérito não foi fechado, ele ainda poder ser incluído, caso a Justiça entenda dessa forma.

Dudu suspeita que Thiago desviava dinheiro de uma de suas contas desde 2015, ano em que o atleta se transferiu do Grêmio ao Palmeiras e contratou os serviços do assessor para lhe ajudar nas tarefas do dia a dia. Segundo a acusação, Thiago foi ganhando a lealdade e confiança do jogador e passou a ter acesso às finanças do atacante e a movimentar as contas bancárias do atleta sem ele saber.

Os advogados de Dudu avaliam que as fraudes cometidas foram: transferências e pagamentos de valores para conta de terceiros utilizando fichas internas com assinatura falsas; compensações de cheques com assinaturas falsas; débitos nas contas bancárias de produtos ofertados pela entidade bancária sem contratação e conhecimento das vítimas; operações de empréstimos mediante oferta de produtos; venda de títulos de capitalização sem autorização das vítimas; transferências de valores para conta de terceiros com autorizações preenchidas pelo gerente sem anuência do correntista; Falsificações de assinatura; baixas de aplicações financeiras e resgates de ativos financeiros sem conhecimento das vítimas; utilização de PIX e TED não autorizadas.

Inicialmente, acreditava-se que o prejuízo era próximo à casa de R$ 18 milhões. Após nova análise, averiguou-se que o valor é de cerca de R$ 22 milhões. A defesa de Dudu pediu, no inquérito, que a polícia apurasse possíveis casos de estelionato, falsidade ideológica, associação criminosa, abuso de confiança, entre outros.

ASSESSOR, PADRINHO DE CASAMENTO E HOMEM DE CONFIANÇA

Os dois se tornaram próximos em 2010, quando Dudu jogava no Cruzeiro. Thiago frequentava a casa do atacante e convivia com os seus amigos e familiares. Inclusive, ia com frequência acompanhar o jogador nos treinos. Os advogados de Dudu consideram que o homem de confiança do atleta, uma espécie de seu braço direito, percebeu que ganhou a lealdade do jogador e viu nisso uma chance de aumentar seu patrimônio.

Em 2017, Dudu solicitou ao seu empresário, André Cury, que destinasse a Thiago parte do porcentual de sua remuneração ajustada no seu contrato. Em 2018, Thiago passou chamar atenção de outros atletas e abriu outra empresa de assessoria esportiva. Ele já era dono da BWF assessoria e agenciamento.

Em 2021, inaugurou a Nido Clínica de Estética Avançada e Medicina Esportiva, no bairro de Perdizes, em São Paulo. A defesa do jogador acredita que ele abriu esse empreendimento com os valores desviados das contas do atacante sem a sua anuência. Os dois eram tão próximos que Thiago foi padrinho de casamento do camisa 7 e estava presente na assinatura do último contrato de renovação de Dudu com o Palmeiras, no fim de 2022.

No pedido de abertura de inquérito, a acusação afirma que Thiago “optou pelo pior caminho, o da traição; da desonestidade; da quebra de confiança”. Em agosto de 2023, quando descobriu parte dos golpes de que estava sendo vítima, Dudu foi confrontar o seu assessor em troca de mensagens pelo WhatsApp. “Eu vou pagar. Segura isso, por favor. Estou te pedindo como irmão, de coração mesmo. Me desculpa. Se falar qualquer coisa com alguém aí acabou pra mim. Não consigo fazer mais nada e nem pagar”, teria dito Thiago Donda, ex-assessor de Dudu.

Dias depois dessa conversa, Dudu recebeu os extratos bancários que comprovaram consecutivas transferências bancárias que favoreciam Thiago e sua empresa, a BWF, e passou a ter conhecimento da dimensão do desfalque milionário que havia sofrido. Depois disso, os dois romperam relações e a amizade terminou.

Redação: radiocuiabanafm.com.br

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