Policia Federal prende supostos mandantes da morte de Marielle Franco no Rio de Janeiro
Neste domingo, dia 24 de março, a Polícia Federal iniciou a Operação Murder Inc., com o propósito de investigar os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. A ação conta com a participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro, todos emitidos pelo Supremo Tribunal Federal. A operação visa identificar os responsáveis intelectuais pelos homicídios, bem como investigar os crimes de organização criminosa e obstrução da justiça.
Durante a operação, três suspeitos foram presos preventivamente: o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, que supostamente atuou para protegê-los. Os três negam as acusações.
O delegado Giniton Lages, que chefiou a Delegacia de Homicídios durante os crimes, também é alvo de um mandado de busca e apreensão. A operação Murder Inc. ocorre após a homologação da delação premiada de Ronniel Lessa pelo Supremo Tribunal Federal. Ronniel Lessa, ex-policial militar, foi preso em março de 2019 por seu envolvimento nas mortes e, de acordo com a delação de Élcio de Queiroz, também ex-policial militar, é apontado como o autor dos disparos que mataram Marielle Franco e Anderson Gomes. A motivação do crime ainda está sendo investigada, havendo suspeitas de envolvimento de milícias no Rio de Janeiro.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle Franco, expressou sua gratidão pela operação e afirmou que estão mais próximos de alcançar justiça e respostas sobre quem ordenou o assassinato de sua irmã e por qual motivo. Ela agradeceu o empenho da Polícia Federal, do governo federal, do Ministério Público Federal, do Ministério Público estadual e do ministro Alexandre de Moraes.