AGU quer acordo com plataformas para combater desinformação sobre RS
Nesta última sexta-feira, a Advocacia-Geral da União (AGU) promoveu uma reunião estratégica com representantes das principais plataformas digitais, visando discutir e delinear medidas eficazes para conter a propagação de desinformação relacionada às enchentes que assolam o Rio Grande do Sul.
No decorrer do encontro, a AGU apresentou uma proposta de parceria colaborativa com as empresas responsáveis pelas redes sociais, propondo a criação de um canal direto destinado à remoção de conteúdos que disseminem informações inverídicas acerca da tragédia.
Esta proposta será submetida à apreciação das empresas participantes, as quais deverão manifestar seu consentimento ou discordância em uma próxima reunião agendada para a semana subsequente.
A reunião contou com a participação de representantes de diversas plataformas, incluindo YouTube, TikTok, Kwai, Spotify, Facebook, Instagram e WhatsApp, bem como membros da Polícia Federal, Ministério da Justiça e Segurança Pública e Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
Segundo Jorge Messias, advogado-geral da União, a identificação e classificação de conteúdos contendo desinformação será realizada em colaboração com agências especializadas em checagem de fatos, que dispõem de profissionais qualificados no campo jornalístico.
“Movimentações recentes têm apontado para um alarmante crescimento na disseminação de conteúdos desinformativos, os quais têm prejudicado as operações das forças de segurança pública nas atividades de resposta imediata, resgate e assistência à população do Rio Grande do Sul”, afirmou Messias.
Na quarta-feira anterior (8), a AGU ingressou com uma ação na Justiça Federal contra o coach Pablo Marçal, em virtude de publicações contendo informações falsas sobre o papel das Forças Armadas na prestação de auxílio à população gaúcha.