“Advocacia é atividade de risco; é preciso avançar no porte de arma”
A presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, disse considerar a advocacia como uma “atividade de risco” e defendeu o direito ao porte de arma de fogo aos profissionais.Para ela, a medida traria uma igualdade legal entre advogados e os demais “atores do sistema de justiça”, que já tem direito ao porte.
As declarações foram dadas em entrevista ao MidiaNews após a morte por execução do advogado e ex-presidente da Ordem, Renato Gomes Nery. O atendado aconteceu em plena luz do dia, na sexta-feira (5), em uma das mais movimentadas avenidas de Cuiabá, a Fernando Corrêa da Costa.
“Lidamos com conflitos das mais diversas áreas possíveis. O advogado é aquele que fala em nome de terceira pessoa e, infelizmente, a atuação transpassa para a parte contrária ou para o cidadão a sua atuação profissional. Em razão dessa atuação em situações de conflitos, o exercício da advocacia se torna, em muitos casos, uma atividade de risco” disse.
A liberação do porte de armas para advogados é discutida no Congresso Nacional, por meio de um Projeto de Lei e, segundo Gisela, apesar de ser uma discussão bastante controvérsia, se faz necessário avançar.
“Nesse contexto, primando pelo princípio da isonomia e considerando essa situação de risco de uma atividade que trabalha em meio a conflitos, entendo que é importante avançarmos nessa questão do porte de armas para advogados”, afirma.
Gisela Cardoso falou também sobre outros projetos de lei que tramitam no Congresso para promover a segurança da categoria, sobre a pena de morte e sua gestão à frente do cargo.
Redação JA/ Foto: Midianews