Júlio Campos diz que distribuição de água nos bairros em Várzea Grande melhorou 100% após derrota de Kalil
Júlio Campos afirmou que a distribuição de água nos bairros foi restaurada após as eleições, o que levantou suspeitas de sabotagem por parte dos servidores [Foto – ALMT].
O deputado estadual Júlio Campos (União) declarou, nesta quarta-feira (30), que funcionários do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Várzea Grande teriam sabotado o prefeito Kalil Baracat (MDB) durante as eleições municipais deste ano. Ele observou que a distribuição de água, um dos principais tópicos da campanha, melhorou significativamente logo após a derrota de Kalil para a nova prefeita Flávia Moretti (PL).
Em uma recente visita a um bairro que enfrentava problemas de abastecimento, Campos conversou com os moradores e foi informado de que a situação havia sido solucionada. “Inacreditavelmente, Várzea Grande agora tem água o dia todo. Assim que o Kalil perdeu a eleição, os funcionários do DAE decidiram abrir as torneiras e atender a população”, declarou o deputado.
Campos já havia levantado a questão da sabotagem anteriormente. Ele lembrou que havia alertado sobre um possível boicote à distribuição de água no ano passado, e que suas suspeitas se confirmaram. “Disse sobre isso [sabotagem] há um ano. Ontem, passei o dia em Várzea Grande e, no bairro onde o abastecimento era ruim, uma moradora me contou que sua caixa d’água agora está cheia, transbordando”, relatou.
O DAE foi um dos pontos críticos na campanha de reeleição de Kalil Baracat, especialmente após a Operação Gota d’Água, que desmantelou, ao final do período eleitoral, uma organização criminosa suspeita de extorquir propinas para serviços públicos e fraudar contas de água. De acordo com as investigações, o esquema teria gerado um prejuízo de R$ 11,3 milhões e teve início durante a gestão de Kalil, impactando negativamente sua campanha.
Quando questionado sobre a possibilidade de Kalil ter demitido Carlos Alberto Simões de Arruda, presidente do DAE, em resposta à situação, Campos afirmou que essa medida não teria mudado o resultado das eleições. “A demissão não alteraria o desfecho. A eleição já foi decidida, e a sabotagem foi suficiente para deteriorar a imagem de Kalil perante a população”, concluiu o deputado.