Carlos Bezerra tem pedido negado pelo governo do estado sobre aumento de salário

Carlos Bezerra tem pedido negado pelo governo do estado sobre aumento de salário

Estado se manifesta contra aumento para R$ 33 mil de pensão vitalícia de Bezerra como ex-governador de MT

O Governo de Mato Grosso se opôs ao pedido do ex-deputado federal Carlos Bezerra (MDB) no Supremo Tribunal Federal (STF), que busca aumentar sua pensão vitalícia de R$ 11,5 mil para R$ 33 mil. A manifestação foi assinada pelo subprocurador-geral do Estado, Lucas Schwinden Dallamico.

Em 2021, o STF havia restabelecido a pensão do ex-parlamentar, que tinha sido suspensa pelo Governo do Estado, mas negou o aumento, considerando que Bezerra ocupava o cargo de deputado federal na época.

Agora, sem mandato, Bezerra argumenta que sua situação financeira se deteriorou significativamente. Ele afirma que o valor atual é insuficiente para atender suas necessidades básicas e que já esgotou suas reservas, enfrentando quase uma insolvência civil.

O Governo do Estado mencionou a decisão do STF que rejeitou o pedido de aumento da pensão e destacou que, após o término de seu mandato, Bezerra não solicitou o recálculo ao Estado.

“Não há nos autos qualquer evidência de que o Estado de Mato Grosso tenha sido solicitado a revisar a aposentadoria especial, considerando que o reclamante não exerce mais o cargo de Deputado Federal. A falta de comprovação da provocação da Administração Pública e a inexistência de decisão que indeferisse seu pedido tornam inviável a reclamação, uma vez que não se pode falar em qualquer ato da Administração que contrarie a orientação desta Suprema Corte”, afirmou o subprocurador.

Dallamico também ressaltou que Bezerra não indicou qual decisão do STF teria sido desrespeitada pelo Estado. “O reclamante apenas demonstra a alteração da sua situação, mas não aponta qualquer precedente que tenha sido desconsiderado. O pedido de equiparação já foi negado judicialmente, o que fundamentou a negativa administrativa e leva à conclusão de improcedência do pedido nesta reclamação”, acrescentou.

A probabilidade do STF acatar o pedido de Carlos Bezerra depende de vários fatores, incluindo:

  1. Jurisprudência Anterior: O STF já negou pedidos semelhantes, o que pode indicar uma tendência de manter a decisão anterior.
  2. Fundamentação Legal: A argumentação apresentada por Bezerra e a forma como ela se alinha com a legislação e decisões anteriores do STF serão cruciais.
  3. Mudanças na Composição do STF: A posição dos ministros atuais e possíveis mudanças na composição da corte podem influenciar o resultado.
  4. Contexto Político e Social: Fatores externos, como a opinião pública e o contexto político, podem também impactar a decisão da corte.

Dada a informação de que o STF já negou o aumento da pensão anteriormente e considerando os argumentos apresentados pelo Governo do Estado, a probabilidade de aceitação do pedido de Bezerra pode ser considerada baixa. No entanto, sem uma análise detalhada da argumentação e do contexto, é difícil fazer uma previsão precisa.

Há precedentes de decisões semelhantes em outros tribunais que envolvem pedidos de revisão de pensões e benefícios por ex-gestores ou ex-parlamentares. Aqui estão alguns pontos relevantes:

  1. Limitações nos Aumentos de Benefícios: Em várias instâncias, tribunais têm decidido que os aumentos de pensões para ex-gestores devem respeitar a legislação vigente e as normas que regem os benefícios, limitando a revisão a casos excepcionais.
  2. Condições de Necessidade: Em alguns casos, tribunais têm considerado a situação financeira do requerente, mas apenas quando há evidências concretas de necessidade e que não se pode suprir as necessidades básicas com o valor atual da pensão.
  3. Princípio da Legalidade: Muitas decisões enfatizam que a concessão de benefícios ou aumentos deve estar baseada em normas legais claras, e não apenas em alegações de alteração de circunstâncias pessoais.
  4. Jurisprudência do STF: O STF tem se posicionado de forma restritiva em relação a pedidos de revisão de benefícios que não estejam claramente justificados por mudanças legais ou circunstanciais significativas.

Esses precedentes indicam que, embora cada caso seja único, a tendência em tribunais superiores é de manter a segurança jurídica e evitar aumentos de benefícios sem justificativas robustas. Isso sugere que a decisão do STF no caso de Carlos Bezerra poderá seguir uma linha similar.

Redação JA / Foto: reprodução Rodinei Crescêncio

Redação: radiocuiabanafm.com.br

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