Volume de soja exportada cai 13,6% em maio, e envios de carne bovina sobem 26%
O Brasil exportou 13,450 milhões de toneladas de soja em grão em maio, uma redução de 13,69% em comparação aos 15,584 milhões de toneladas exportadas no mesmo período de 2023. Em abril, as exportações externas somaram 14,698 milhões de toneladas.
Os dados foram divulgados na quinta-feira (06) à tarde pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, considerando 21 dias úteis.
Em termos de receita, as exportações de soja totalizaram US$ 5,768 bilhões, uma queda de 28,92% em comparação a maio de 2023 (US$ 8,115 bilhões). Em abril, a receita foi de US$ 6,378 bilhões.
O preço médio pago por tonelada de soja em maio foi de US$ 428,90, em comparação a US$ 520,80 em maio de 2023, uma queda de 17,65%. Este valor é inferior ao registrado em abril, de US$ 433,90.
No acumulado do ano, o país exportou 58,061 milhões de toneladas de soja, somando os dados divulgados na quinta-feira com os números consolidados do Agrostat – sistema de estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro – de janeiro a abril.
Este volume representa uma queda de 1,54% em comparação ao acumulado de janeiro a maio de 2023, que somou 58,968 milhões de toneladas.
A receita de janeiro a maio deste ano alcançou US$ 24,642 bilhões, uma queda de 24,47% em comparação ao valor acumulado de US$ 32,624 bilhões entre janeiro e maio de 2023.
Carnes
As exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada totalizaram 211.976 toneladas em maio, um aumento de 25,9% em comparação às 168.433 toneladas de maio de 2023, de acordo com a Secex, com base em 21 dias úteis, ante os 22 dias úteis de maio do ano passado.
A receita foi de US$ 954,893 milhões, um aumento de 11,3% em comparação aos US$ 858,255 milhões de maio de 2023. Já o preço médio por tonelada caiu 11,6%, de US$ 5.095,50 para US$ 4.504,70.
As exportações de carne de aves e suas miudezas totalizaram 424.918 toneladas no mês passado, em comparação às 400.705 toneladas no mesmo período de 2023, um aumento de 6%.
Em termos de faturamento, as vendas somaram US$ 752,661 milhões, ante US$ 781,958 milhões, uma queda de 3,7%. O preço da tonelada do produto caiu 9,2%, de US$ 1.951,50 por tonelada para US$ 1.771,30 por tonelada.
As exportações de carne suína fresca, refrigerada e congelada somaram 91.629 toneladas em maio, ante 90.916 toneladas, um aumento de 0,8%.
Em termos de receita, as exportações geraram US$ 210,066 milhões, uma queda de 10,7% em comparação aos US$ 235,225 milhões de maio do ano anterior. O preço por tonelada foi de US$ 2.292,60, contra US$ 2.587,30 verificados no quinto mês de 2023, uma redução de 11,4%.
Em 2024
No acumulado de janeiro a maio, as exportações brasileiras de carne bovina totalizaram 1,047 milhão de toneladas, um aumento de 31,03% em comparação ao mesmo período de 2023, quando 799.064 toneladas foram embarcadas.
No acumulado dos cinco primeiros meses de 2024, a receita obtida com estas exportações foi de US$ 4,632 bilhões, 22,2% acima dos US$ 3,790 bilhões registrados no mesmo período de 2023.
O volume de carne de frango exportada nos cinco primeiros meses de 2024 foi de 1,643 milhão de toneladas, uma queda de 3,86% em comparação a 1,709 milhão de toneladas do mesmo período de 2023.
Já a receita proveniente destas exportações de carne de frango, de US$ 3,727 bilhões, caiu 11,37% em relação aos US$ 4,205 bilhões obtidos de janeiro a maio de 2023.
As exportações de carne suína no período de janeiro a maio somaram 475.572 toneladas, 0,60% a mais do que as 472.743 toneladas do mesmo período de 2023. A receita obtida, de US$ 1,034 bilhão, foi 9,22% menor em comparação aos US$ 1,139 bilhão alcançados de janeiro a maio do ano passado.
Açúcar
No mês de maio, as exportações brasileiras de açúcares e melaços alcançaram 2,811 milhões de toneladas, um aumento de 16,7% em comparação ao mesmo mês de 2023, quando foram embarcadas 2,409 milhões de toneladas.
Por sua vez, a receita obtida com estas exportações foi 13,3% superior na mesma comparação, subindo de US$ 1,178 bilhão para US$ 1,336 bilhão. O preço médio por tonelada do adoçante exportado, no entanto, recuou 2,9%, passando de US$ 489,20 para US$ 475,20, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Somando-se os números consolidados do Agrostat, o país exportou 13,558 milhões de toneladas de açúcar no acumulado de janeiro a maio de 2024, o que representa uma alta de 61,98% em relação aos 8,370 milhões de toneladas do mesmo período de 2023.
Nesta mesma base de comparação, a receita obtida com as exportações de açúcar cresceu 81,13%, passando de US$ 3,890 bilhões para US$ 7,046 bilhões.