OAB cobra proteção em Ato Nacional contra violência à advocacia

OAB cobra proteção em Ato Nacional contra violência à advocacia

A preocupação com a violência contra a advocacia e o mais recente assassinato do ex-presidente da OAB-MT, Renato Nery, Advogado Roberto Zapierre e outros, fez com que a  presidência da OAB-MT e conselheiros liderasse se em Cuiabá, nesta quinta-feira (11), o Ato Nacional Contra a Violência e em Defesa da Advocacia, realizado em conjunto com o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB).Essa foi uma importante iniciativa de cobrar junto aos órgãos competentes (Público),medidas de proteção aos advogados e advogadas no exercício da profissão. Disse um conselheiro.

O ato em Cuiabá, contou com a participação de outros presidentes de seccionais da OAB, como Patrícia Vanzolini (OAB-SP), Sérgio Leonardo (OAB-MG) e Rafael Lara (OAB-GO).

“Estamos aqui pelo Dr. Renato Nery e por todos os advogados e advogadas que tiveram suas vidas ceifadas em razão do exercício da profissão. Estamos aqui porque não matarão a advocacia. Hoje estamos de luto por mais um tiro no coração da Justiça, por mais um ato covarde contra aquela que, sem arma, sem a defesa policial, sem o aparato estatal, está ao lado do cidadão”, declarou Gisela Cardoso

A presidente entregou ao Conselho Federal da OAB um requerimento para a criação do Plano Nacional de Proteção à Advocacia e o lançamento do Movimento Nacional em Defesa da Advocacia, com seis pilares para orientar esse trabalho.

Líderes como Sérgio Leonardo (OAB-MG) e Cláudio Stábile Ribeiro (OAB-MT) apoiaram as propostas, como o reconhecimento da advocacia como atividade de risco e a isonomia no porte de arma para advogados, entre magistrados, membros do Ministério Público e advogados com direito à prerrogativa ao porte de arma. Defendo também que os homicídios contra advogados e advogadas no exercício da profissão se tornem homicídios qualificados”, declarou o presidente da Seccional da OAB-MG, Sérgio Leonardo.

O ex-presidente e membro vitalício da OAB-MT, Cláudio Stábile Ribeiro, enfatizou em seu discurso que a Constituição Federal estabelece que o advogado é indispensável para a administração da Justiça. “Sem o advogado, o cidadão não tem voz, ou sua voz não chega aos responsáveis pela realização da justiça. Então essa voz não será calada pela violência, por um tiro. Nós honramos essa profissão. Nossa vida é essa profissão. Finalizou.

A presidente da 22ª subseção da OAB-Primavera do Leste, Ethiene Brandão Mendonça, afirmou que o ato não foi simbólico, mas uma necessidade urgente de a advocacia tomar posicionamento e encontrar soluções. Em seu discursou representando todos os presidentes de subseções da OAB-MT.  Disse, “Hoje, este ato não é simbólico, este ato queima como aquele tiro para que neste momento nós da advocacia brasileira tomemos de forma efetiva posicionamento e soluções para que casos como estes não se repitam”. Finaliza emocionada.

O presidente da Associação Brasileira de Advogados Criminalistas, Ronaldo Bezerra, destacou que quando um advogado é vítima de crime, é a advocacia que é atingida, e que é preciso enfrentar os desafios da profissão. Precisamos enfrentar os desafios da nossa profissão. Chega de violência contra a advocacia e de tratá-la de qualquer forma”.

Essa mobilização nacional em defesa da advocacia visa garantir a segurança e o respeito aos profissionais que atuam em prol da justiça. Espera-se que esse movimento gere resultados concretos na proteção dos advogados e advogadas. Protesta outro conselheiro revoltado com os acontecimentos.

Redação: radiocuiabanafm.com.br

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