Sala cheia no aulão realizado na tarde de terça-feira (16/07) durante o Acampamento da Resistência, do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), com o tema “Mato Grosso cresce, cresce para quem?”. O debate, com representantes de entidades e movimentos sociais, descreveu o cenário político, social e econômico no governo de Mato Grosso, abordando a situação da classe trabalhadora, comunidades LGBTQIA+, Sem Terras e Direitos Humanos.
Os ataques aos direitos da classe trabalhadora no governo Mauro Mendes não são exclusivos aos educadores. Ignácio Werner, representante dos Direitos Humanos, destacou a luta histórica das organizações de direitos humanos no estado, especialmente em relação à terra, às questões ambientais e aos povos originários. “Um estado em que tudo é ameaça ao agronegócio e não tem ninguém a nosso favor”, afirmou Werner.
Organização
Luciene Neves, educadora e integrante da Parada do Orgulho LGBTQIA+ no estado, enfatizou a necessidade de uma interação democrática entre governo e sociedade civil. Ela destacou o aumento da violência no Mato Grosso, incluindo assassinatos de pessoas trans, feminicídios e conflitos pela terra. “Nossa luta é por uma população que está ausente das políticas do estado, assim como parcela da sociedade sem assistência social, cultura e direitos humanos. Nossa vida é digna de acolhimento, e o trabalho do movimento social é abrir espaço para as pessoas que escolhem outro tipo de vida que não a heterossexualidade”, declarou Neves.
Vanessa Ribeiro de Jesus, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), ressaltou que o estado cresce, mas não para todos. “Quem tem mais terra tem mais controle, e esse lema é reproduzido em Mato Grosso. No estado, o agronegócio é sinônimo de desmatamento e esvaziamento do campo. Defendemos a reforma agrária popular, capaz de gerar renda, justiça social e comida no campo, baseada na paz”, disse Vanessa.
Desigual
Henrique Lopes, presidente da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT-MT), apontou que o crescimento do estado tem um viés. Para 2024, do orçamento de R$ 35 bilhões, cerca de R$ 12 bilhões são destinados a isenções e renúncias fiscais para o agronegócio e grandes empresas, enquanto apenas R$ 9 bilhões são destinados à Educação, Saúde e Segurança. “Um governo que destina metade do orçamento para um pequeno grupo de privilegiados não representa a população na distribuição das riquezas do estado”, afirmou Lopes.
Após as apresentações, muitas contribuições destacaram a necessidade de resistir ao estado mínimo imposto pelo governo Mauro Mendes, que retira os direitos daqueles que mais contribuem para o crescimento de Mato Grosso. O dirigente da CUT-MT enfatizou a importância da resiliência, comparando os militantes do Sintep-MT aos tardígrados, microorganismos praticamente indestrutíveis. “Seremos amanhã o que conquistarmos hoje. Somos resilientes e resistentes”, concluiu.


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