ALMT inaugura guichê de atendimento à comunidade surda

Nesta quinta-feira (9), às 9h30, será inaugurado no Espaço Cidadania o primeiro guichê de atendimento exclusivo para pessoas surdas, destinado à confecção da Carteira de Identificação Nacional (CIN), documento que substitui o antigo Registro Geral (RG). A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) dá mais um passo à frente no atendimento à população e na promoção da inclusão social.

A nova estrutura representa um avanço importante na acessibilidade e no acolhimento da comunidade surda. O atendimento será realizado pela servidora Lhais Rafaela Pinheiro Soares, que é surda e foi especialmente capacitada para desempenhar essa função.

A ouvidora-geral do Espaço Cidadania, Uecileny Rodrigues Fernandes, destacou que a iniciativa reforça o compromisso da ALMT com a excelência no atendimento público. “A intenção é promover a inclusão e oferecer um serviço ainda melhor, mais acessível e voltado à comunidade surda. A Lhais foi treinada há algum tempo e tem se mostrado muito eficiente. Nada melhor do que alguém da própria comunidade para atender esse público com empatia e fluidez na comunicação”, afirmou.

Lhais expressou orgulho e emoção em participar de um projeto pioneiro dentro do Parlamento mato-grossense. “Me sinto muito feliz com a criação desse espaço voltado às pessoas surdas. Isso proporciona mais acessibilidade e visibilidade à nossa comunidade. É um prazer poder ajudar na emissão do RG e contribuir para um atendimento mais humanizado”, disse.

Para a servidora, o principal diferencial do novo guichê é a comunicação direta em Libras (Língua Brasileira de Sinais), sem barreiras linguísticas. “Quando uma pessoa surda chega e me encontra, se sente mais confortável. O atendimento flui de forma leve, porque nos comunicamos na mesma língua”, ressaltou.

A servidora Lhais acredita que o exemplo da Assembleia Legislativa pode inspirar outras instituições a adotarem iniciativas semelhantes. “A acessibilidade em língua de sinais não é uma ajuda, é um direito garantido por lei. Que esse projeto sirva de inspiração para ampliar o atendimento acessível em todos os órgãos públicos”, concluiu.