A Bolsa em queda nesta sexta-feira (18) sinaliza o aumento da cautela por parte dos investidores diante da instabilidade política interna e da ameaça de uma escalada comercial entre Brasil e Estados Unidos. O recuo do Ibovespa ocorre em um dia de agenda econômica esvaziada, o que amplia os efeitos do noticiário político sobre os mercados financeiros.
Bolsa em queda com foco nas tensões políticas e comerciais
O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, registrava uma queda de 1,26% por volta das 13h15, aos 133.855,44 pontos. O movimento reflete as incertezas políticas após a operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o possível impacto disso na relação comercial com os Estados Unidos.
Analistas apontam que a nova ofensiva judicial pode motivar uma reação mais dura do presidente norte-americano Donald Trump, que recentemente ameaçou impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A associação feita por Trump entre o cenário político brasileiro e suas decisões comerciais intensifica a percepção de risco por parte dos investidores.
Enquanto a Bolsa em queda indicava um ambiente de prudência no mercado acionário, o dólar à vista operava em alta. Às 13h25, a moeda norte-americana subia 0,38%, sendo cotada a R$ 5,572.
Valorização do dólar reflete a postura defensiva dos investidores frente ao cenário político e à ameaça tarifária vinda dos Estados Unidos. O movimento também é influenciado pela falta de indicadores econômicos domésticos, o que deixa o câmbio mais suscetível a fatores externos e geopolíticos.
Impacto da operação contra Bolsonaro no mercado
Nesta sexta-feira (18), Jair Bolsonaro foi alvo de uma operação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, que determinou o uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares. A ação da Polícia Federal intensifica o ambiente de instabilidade política e tem efeitos diretos sobre a confiança dos investidores.
O presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, iniciou uma sessão virtual para deliberar sobre as medidas adotadas pelo ministro Alexandre de Moraes. A ofensiva judicial contra o ex-presidente repercutiu nos mercados e adicionou um elemento de incerteza ao já tenso cenário comercial entre Brasil e EUA.
Guerra comercial pressiona mercados
A ameaça de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, feita por Donald Trump, adiciona uma nova camada de instabilidade às relações bilaterais. O governo brasileiro, por meio de pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, classificou a carta de Trump como uma “chantagem inaceitável” e reafirmou a disposição do Brasil para o diálogo.
Segundo Lula, o Brasil realizou mais de dez reuniões com representantes dos EUA e apresentou, em maio, uma proposta formal de negociação. A resposta norte-americana, no entanto, foi a imposição de tarifas, agora associadas ao tratamento dado a Bolsonaro pela Justiça brasileira.
Na visão de analistas, essa vinculação entre temas judiciais e decisões econômicas torna mais difícil encontrar soluções diplomáticas, uma vez que retira das negociações o caráter técnico-comercial e adiciona fatores políticos imprevisíveis.
FONTE:REDAÇÃO

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