Os advogados de defesa de Nataly Helen Martins Pereira, acusada de matar a grávida de nove meses, Emelly Azevedo Sena, para ficar com a bebê dela, pediram que a instauração do incidente de sanidade mental e o reconhecimento da inimputabilidade dela.
Para justificar os pedidos, os advogados André Luiz Melo e Ícaro Vione de Paulo, afirmam que suspeita teria sido estuprada quando criança por um parente, e que tal fato teria deixado distúrbios mentais.
“É portadora de distúrbios mentais, tendo sido vítima de estupro no ano de 2011 pelo tio de sua genitora, episódio traumático que resultou em depressão profunda, tentativa de suicídio e quadros recorrentes de surto psicótico”, diz trecho do documento.
Foi solicitado ainda a realização de perícia oficial para comprovar a insanidade. Os advogados ainda reforçaram que Nataly não tinha antecedentes criminais, além de manter residência fixa e ser mãe de três filhos.
Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, atraiu a grávida Emelly Azevedo Sena, até uma casa no Bairro Florianópolis em Cuiabá, com a promessa de que a adolescente receberia doações para a filha dela. Na verdade, Nataly a atraiu com o intuito de retirar do ventre da vítima a filha que ela esperava, para que a suspeita ficasse com o bebê.
O corpo da adolescente foi encontrado no quintal da residência, em uma cova rasa, com fios de internet amarrados ao pescoço e nos pés e nas mãos. Segundo a Politec, a jovem morreu em consequência da grande perda de sangue causado pelo parto forçado.
Nataly foi presa horas depois quando deu entrada em um hospital da cidade, alegando ter tido um parto em casa. Só que a equipe médica desconfiou porque quando ela fez exames, os resultados eram incompatíveis com o de uma mulher grávida.
A polícia, então, foi chamada pela equipe médica e ela foi detida. O companheiro dela que também estava no hospital também foi preso, além do irmão e do cunhado de Nataly. Mas logo depois os homens foram liberados.